Diante da queda livre nas vendas de caminhões e ônibus, as montadoras e empresas de autopeças estão buscando reduzir a produção e, por enquanto, preservar empregos.  A fabricante de motores diesel MWM International recorreu a um expediente já usado no primeiro trimestre de 2009, um período difícil para o setor, logo após a economia brasileira sentir o impacto da crise financeira de 2008. Ela decidiu reduzir a jornada de trabalho e os salários de 3,9 mil funcionários administrativos e das linhas de produção de Canoas (RS) e São Paulo. A medida, objeto de acordo com os sindicatos dos metalúrgicos, vale para junho, julho e agosto e poupa a demissão de cerca de 900 trabalhadores.

A Mercedes-Benz anuncia hoje novas medidas para ajustar sua produção em São Bernardo do Campo. Além de adotar semana curta – quatro dias úteis -, a montadora já concedeu férias coletivas de dez dias em abril, colocou 480 operários em licença remunerada e parou a produção na semana passada. A Scania chegou a interromper a fabricação por quatro vezes entre abril e maio, e agora negocia novas paradas. A Volvo planeja usar o banco de horas de 1,3 mil empregados a partir do fim do mês.

A MAN, líder no mercado de caminhões com a marca Volkswagen, deve seguir o mesmo caminho. Ela vai suspender a produção nas próximas duas semanas e dar férias coletivas aos funcionários da fábrica de Resende (RJ), segundo o sindicato local. Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar a informação. Segundo Bartolomeu Citeli, diretor do sindicato dos metalúrgicos na região de Volta Redonda, a MAN se reúne hoje com representantes dos trabalhadores para discutir a produção no segundo semestre.

No primeiro quadrimestre, a produção de caminhões caiu 30,3% em relação ao mesmo período de 2011, e a de chassis para ônibus, 35%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. As mudanças na tecnologia de motores de caminhões e ônibus, a partir de 1º de janeiro, encareceram o preço dos veículos em até 15%. O novo padrão, Euro 5, é menos poluente, mas é mais caro e usa combustível com baixo teor de enxofre, ainda não disseminado nos postos de abastecimento. Houve antecipação de produção dos modelos antigos e encalhe dos novos.

Por Valor Econômico – SP

Nossa Análise

Pela análise da Koch Advogados, é um ótimo momento para renovação de frota,  àqueles que dispõe de abastecimento de Diesel S-5 e da Uréia especial utilizada.

Outro aspecto a ser pensado, mesmo estando disponíveis em mais de 3000 posto é que o litro do novo combustível ainda é, em média, R$ 0,12 mais caro que o diesel comum, o S1800.

Segundo o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, o S-50 está ‘encalhando’ nos postos, visto que o combustível só pode ser armazenado por no máximo 90 dias, as revendedoras têm derrubado preços para ‘desovar’ o produto em um período de 30 dias.

Veja ainda a entrevista do

presidente da EMTU, Joaquim Lopes, falando sobre a nova tentativa do Governo do Estado em licitar a área 5, correspondente às linhas intermunicipais do ABC. 

Desde 2006, a EMTU tenta regularizar a área em 4 licitações que foram boicotadas pelos empresários da região.


A licitação agora é por tempo determinado, com o contrato até 2016 e bem mais flexível.

×